TDAH e a Escola: "Segundo a Associação Brasileira do Déficit de Atenção (ABDA) "O problema atinge um grande número de crianças e adolescentes, que veem o seu desempenho acadêmico prejudicado pela doença e muitas vezes sequer sabem que são portadores. Como o próprio nome já diz, uma das maiores queixas dos pacientes que sofrem de TDAH é a dificuldade de prestar atenção, de se concentrar e conseguir direcionar o raciocínio. Para agravar o quadro, as crianças com TDAH costumam ser muito criativas. Como resultado dessa combinação de fatores, os pacientes têm uma incrível capacidade de pensar em várias coisas ao mesmo tempo e, consequentemente, de se distrair. Parecem estar prestando atenção em outra coisa quando o professor fala com elas. Somada a isso está a dificuldade de acompanhar atividades monótonas: prestar atenção do início ao fim a uma aula pouco empolgante é praticamente impossível. O aluno fica inquieto e trata logo de procurar alguma atividade para se ocupar: conversar com o amigo ao lado, mexer na mochila ou ficar passando as folhas do livro. Para o professor fica a impressão de que o aluno é desinteressado e que não presta atenção na aula por pura falta de vontade.
Os médicos explicam que é importante diferenciar “dificuldades em se adaptar a um sistema educacional” de “impossibilidade de aprendizagem”. As crianças com TDAH apresentam inteligência e capacidade de aprendizado idênticas a de uma criança normal e são bastante criativas, mas é preciso lhes dar chance para se desenvolver e observar as suas deficiências."
A avaliação nos anos escolares iniciais é muito importante para que a criança, família e escola possam aprender juntos a como potencializar a aprendizagem e desenvolver maneiras de melhorar o comportamento. Neste sentido, a Psicopedagogia é uma ciência que atua na avaliação e intervenção das situações de aprendizagem de crianças com TDAH. No atendimento psicopedagógico são desenvolvidas habilidades e estratégias que facilitem a adequação da aprendizagem escolar ao sujeito com Déficit de Atenção e Hiperatividade.
Isabella Rosa de Oliveira
Psicopedagoga Clínica ABPp 1222/12
Psicanalista do CPRS