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Fáscia muscular e a sua importância

Quem nunca sofreu com dores nas costas ou voltou da academia com aquela incômoda dor muscular? E se eu te falar que, se descartarmos as possibilidades patológicas, ela pode estar ligada a um tecido sensorial e de grande importância músculoesquelética chamada fáscia?!

A fáscia é o maior órgão sensorial do nosso corpo, ricamente inervada e possui vários receptores onde captam e respondem rapidamente a qualquer tensão mecânica ou movimento do corpo. Ela consiste em uma camada de tecido conjuntivo que reveste os músculos lubrificando e aumentando o deslizamento entre as fibras para uma melhor função muscular.

Quando este atrito entre as fibras aumenta e ocorre uma alteração devido ao estresse físico ou emocional como por exemplo por maus hábitos posturais, movimentos repetitivos, cargas excessivas, angústias e medos, isso interfere diretamente em seu funcionamento gerando mais contração e tensão muscular. Logo, temos uma fáscia densa e com pouca mobilidade.

As técnicas de liberação miofascial podem ser realizadas de forma manual ou instrumental e possuem a finalidade de mobilizar a fáscia, reduzindo aderências e devolvendo sua elasticidade. Elas também melhoram a oxigenação e suporte sanguíneo local, o aporte de nutrientes e a saúde do músculo.

Dentro do meio esportivo a fáscia, em seu estado saudável, tem ação positiva na prevenção e recuperação de lesões, ação analgésica, proporciona melhora na amplitude de movimento, força e definição muscular, interferindo diretamente e positivamente no rendimento do atleta.

A liberação miofascial pode ser realizada antes e/ou depois do exercício físico, dependendo do seu objetivo.

Antes - Se houver disfunção, limitação ou dor: atuando como forma preventiva.

Depois - Aumentando o suporte sanguíneo local e auxiliando na recuperação das fibras musculares. Tendo também como objetivo o relaxamento muscular.

Fique atento, apesar da técnica ser indicada para pessoas de todas as idades, devemos dar atenção às contra indicações:

• Gestantes (no período inicial )

• Diabéticos

• Pacientes que fazem o uso de anticoagulantes

• Pessoas com problemas vasculares e/ou regiões infeccionadas


Fisioterapeuta Cíntia Carlessi Búrigo                                                                                                                                                                                                                                                    CREFITO 244571-F